domingo, 22 de março de 2009

FAZER DE MÃE DE MIM PRÓPRIA
Numa sociedade preocupada com a melhor maneira de educar uma criança
descobri a necessidade de misturar o que é melhor para os meus filhos com o que
é necessário para uma mãe bem equilibrada.
Reconheço que o dar interminável se traduz em esgotar-se a dar.
E quando se esgota a dar, não é uma mãe saudável e não é um eu saudável.

Por isso, estou a aprender a ser mulher em primeiro lugar e mãe em segundo.

Estou a aprender a sentir apenas as minhas próprias emoções
sem roubar aos meus filhos a sua dignidade individual por sentir também as suas emoções.
Estou a aprender que uma criança saudável tem o seu próprio conjunto de
emoções e características que são só suas.
E muito diferente das minhas.
Estou a aprender a importância de trocas honestas de sentimentos porque o fingimento não engana as crianças,
Conhecem a mãe melhor do que ela se conhece a si própria.

Estou a aprender que ninguém ultrapassa o seu passado a menos que se confronte com ele.
Caso contrário, os filhos absorverão exactamente o que ela está a tentar ultrapassar.
Estou a aprender que as palavras de sabedoria caem em ouvidos surdos se as
minhas acções contradisserem os meus actos.
As crianças tendem a ser melhores imitadoras que ouvintes.
Estou a aprender que a vida se destina a ser preenchida com tanta tristeza e dor
como alegria e prazer.
E permitirmo-nos sentir tudo o que a vida tem para oferecer é um indicador de realização.
Estou a aprender que a realização não pode ser atingida por me esgotar a dar-me
mas dando a mim própria e partilhando com outros,
estou a aprender que a melhor maneira de ensinar os meus filhos a viver uma
vida preenchida não é sacrificar a minha vida.
É vivendo eu própria uma vida preenchida.
Estou a tentar ensinar aos meus filhos que tenho muito que aprender
porque estou a aprender que libertá-los
é a melhor forma de continuarmos ligados.


Nancy McBrine Sheehan






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