terça-feira, 28 de abril de 2009



Conheci o bem e o mal,

O pecado e a virtude, a justiça e a injustiça;

Julguei e fui julgado,

Passei pelo nascimento e pela morte,

Pela alegria e pela dor, pelo céu e pelo inferno;

E finalmente compreendi

Que eu estou em tudo

E que tudo está em mim.

HAZRAT INAYAT KHAN

Cada som tem origem no silêncio, morre no silêncio, e durante a sua breve vida está envolto em silêncio. O silêncio permite que o som seja. É uma parte intrínseca mas não manifesta de cada som, de cada nota musical, de cada canção, de cada palavra. O Não-Manifesto está presente no mundo como silêncio. Nada se parece tanto com o Grande Espírito como o silêncio.

sábado, 25 de abril de 2009


A tão necessária mudança do mundo e da humanidade não se conseguirá jamais através dos esforços para reformar o mundo; os reformadores, na sua luta por um mundo melhor - como lhe chamam -, esquivam-se à tarefa de se melhorarem a si mesmos; são adeptos da velha táctica - humana mas lamentável - de exigir dos outros aquilo que eles próprios não praticam por preguiça;

Jean Gebser







sexta-feira, 24 de abril de 2009


Haverá pessoas às quais te sintas incapaz de amar? Primeiro que tudo, deixa de criticá-las e ser intolerante para com elas. Olha para ti próprio e descobre o que de errado vos aconteceu, e nunca, em momento algum atribuas as culpas a quem quer que seja.

Quando conseguires encarar-te com as tuas falhas, estarás no caminho certo e poderás encontrar a solução perfeita para os teus problemas.

Eileen Caddy

segunda-feira, 20 de abril de 2009



Quando a vida te exige mudança, vê claramente aquilo que é necessário, e muda sem qualquer resistência, sabendo que toda a mudança é uma melhoria.
Eileen Caddy

segunda-feira, 13 de abril de 2009



É POSSÍVEL SAIR DE UMA ARMADILHA. ENTRETANTO, PARA ROMPER UMA PRISÃO, A PESSOA PRECISA, EM PRIMEIRO LUGAR, ADMITIR QUE ESTÁ NUMA PRISÃO. A ARMADILHA É A ESTRUTURA EMOCIONAL DO HOMEM. NÃO ADIANTA ARQUITECTAR SISTEMAS DE PENSAMENTO SOBRE A NATUREZA DA ARMADILHA, UMA VEZ QUE A ÚNICA COISA A FAZER PARA SAIR DELA É CONHECÊ-LA E ENCONTRAR A SAÍDA (REICH, 1995)

VEGETOTERAPIA


Wilhelm Reich acreditava que enquanto houvesse bloqueios, ou seja, enquanto o organismo não fosse capaz de deixar a energia circular livremente da cabeça aos pés vice-versa, o indivíduo não alcançaria a satisfação plena (VOLPI, 2003)

Em seu trabalho terapêutico, Wilhelm Reich (1897-1957), médico e psicanalista vienense que foi aluno e colaborador de Freud, começou a observar que muitos dos seus pacientes não progrediam dentro do tratamento psicanalítico, resistiam, ainda que de uma forma inconsciente. Constatou que essas resistências se expressavam, sobretudo, no corpo físico, sob a forma de tensões. Gradualmente passou então a enfatizar a importância de lidar com os aspectos físicos, agindo directamente sobre o corpo do paciente. Rompe com a Psicanálise e passa a desenvolver um método próprio de trabalho que buscava integrar mente e corpo. (Reich, 1995)

Essa interferência directa no corpo do paciente levou-o a descobrir a couraça ou rigidez muscular. Começou então a trabalhar no relaxamento dessa couraça muscular, e descobriu que o respectivo relaxamento libertava energia.

Nessa época, Reich no avanço de suas pesquisas descobriu um tipo de energia que constatou estar dentro e fora do organismo e que era a própria energia da vida, que ele denominou de Orgone.

Reich descobriu que a couraça muscular estava disposta em segmentos específicos do corpo, formando como se fosse um anel envolvendo cada uma das partes do corpo. Mapeou então sete segmentos de couraça que são: ocular, oral, cervical, torácico , diafragmático, abdominal e pélvico, que impedem a energia de fluir livremente.

“No organismo, a energia orgone tem um movimento pulsátil, sobe pelas costas e desce pela frente do corpo” (VOLPI, 2003, p. 100-101)

A Vegetoterapia consiste basicamente em dissolver cada segmento de couraça através de movimentos específicos.

Analisando de forma sucinta os segmentos de couraça, começando pela cabeça e seguindo em direcção à pelve:

SEGMENTO OCULAR – Compreende a pele, os olhos, os ouvidos e o nariz. É o bloqueio que impede a visão clara do mundo, que traz uma interpretação distorcida ou uma falta de interpretação da realidade.

SEGMENTO ORAL – Compreende a boca e inclui os músculos do queixo, garganta e a parte de trás da cabeça. O bloqueio neste segmento impede a manifestação das expressões emocionais relativas ao ato de chorar, morder com raiva, gritar, sugar e fazer caretas. Isto pode reflectir-se em tendências à depressão e insatisfação.

SEGMENTO CERVICAL – Compreende os músculos profundos do pescoço e também a língua. A couraça funciona principalmente para controlar a raiva ou o choro como instinto de conservação.

SEGMENTO TORÁCICO – Compreende o coração, os pulmões e os membros superiores. É o nível onde está localizada a ambivalência e inibe o riso, a raiva, a tristeza e o desejo. A inibição da respiração, que é um meio importante de suprimir toda a emoção, ocorre em grande parte no tórax, que guarda o amor eo ódio.

SEGMENTO DIAFRAGMÁTICO – Compreende o diafragma. O bloqueio no diafragma traz uma ansiedade de espera ligada ao castigo, à punição e à culpa. Da mesma forma que o pescoço, esse segmento também se encontra bloqueado na maioria das pessoas.

SEGMENTO ABDOMINAL – Compreende os músculos abdominais longos e os músculos das costas, as vísceras e está ligado à função dos esfíncteres. A tensão nos músculos lombares está ligada ao medo de ataque. A compulsividade e a organização exagerada reflectem-se como um bloqueio neste segmento.

SEGMENTO PÉLVICO – Compreende os músculos da pelve, onde anatomicamente se encontram os genitais e os membros inferiores. A couraça pélvica serve para inibir a ansiedade e a raiva, bem como o prazer sexual, o medo da castração, da punição e a culpa.


Harbhajan Kaur



VEGETOTERAPIA


Segundo Wilhelm Reich a expressão corporal de uma pessoa corresponde à sua atitude mental. A vegetoterapia admite que certas regiões do corpo concentram possibilidades de expressão emocional, e que a mobilização adequada das mesmas numa certa ordem pode ser útil em psicoterapia. Reich foi o primeiro analista a introduzir um estudo exaustivo na descoberta de mecanismos corporais envolvidos na dinâmica da repressão, da dissociação ou outras defesas contra as emoções.
As tensões corporais podem ser vistas como uma série de constrições, cuja função é limitar o movimento, a respiração e a emoção. Na vegetoterapia o propósito é libertar as emoções encouraçadas na musculatura, exprimindo-as, e com isso toda a energia estagnada, restabelecendo o “fluxo” de sensações. À medida que vamos renunciando à nossa blindagem corporal e a nossa respiração se torna mais livre, a capacidade de nos entregarmos a movimentos expontâneos e involuntários aumenta muitíssimo.
A dissolução de um espasmo muscular não só liberta a energia vegetativa mas, além disso e principalmente, reproduz a lembrança da situação de infância na qual ocorreu a repressão do instinto. Pode dizer-se que toda rigidez muscular contém a história e o significado da sua origem (Reich, 1979, p. 255). Trabalhamos com a linguagem do expressivo.

As técnicas de manipulação na vegetoterapia são utilizadas somente para ajudar uma emoção já presente a sair e não para a provocar artificialmente. O terapeuta em caso algum tenta forçar a resistência, ao contrário, seduz a resistência, respeitando-a. Ela na verdade instalou-se numa época em que tinha a sua importância, tinha a sua função. É pois muitas vezes quando se utiliza o toque leve, onde a pessoa não está em guarda e pode então abandonar-se à emoção autêntica.

A vegetoterapia pretende:

1. Devolver ao corpo um bom tônus, a sua estatura elástica e erecta, sem câimbras ou espasmos, onde os músculos possam se alterar da tensão para a relaxação, sendo, contudo, nem cronicamente contraídos, nem flácidos;
2. Movimentos peristálticos fáceis; ausência de constipações ou hemorróidas;

3. Expiração completa e profunda com pausa antes da nova inspiração; movimentos do peito livres e fáceis; pressão sanguínea normal, nem muito alta nem muito baixa; os traços faciais vivos e variáveis, nunca rígidos ou semelhantes a uma máscara.

4. Ausência de angústia onde não há nenhum perigo e capacidade de reagir racionalmente mesmo em situações perigosas – e coragem para entrar voluntariamente em situações perigosas quando vê uma finalidade racional e importante para fazê-lo.

5. Um sentimento profundo e duradouro de bem-estar e vigor, sentimento do qual a pessoa pode se tornar consciente cada vez que dirige a sua atenção para ele, mesmo quando lutando contra dificuldades ou quando sentindo dor corporal, que não deve ser entretanto forte demais.


sábado, 11 de abril de 2009

Quando você caminhar numa floresta, nunca se perderá. Estará cercado por amigos, aliados e pelo Grande Espírito.
Joe Cohis, Munsee

quinta-feira, 2 de abril de 2009


TERAPIA PSICO-CORPORAL

Toda a emoção, todo o choque, toda a frustração, têm uma consequência fisiológica directa na pessoa, assim como psicológica.


Quando as emoções repetidas, não são expressas, e os conflitos não são resolvidos, começamos a deixar de exprimir e mais cedo ou mais tarde começamos a deixar de «sentir».

Reprimimos os sentimentos através de um trabalho «muscular». Prendemos a respiração, prendemos os maxilares, apertamos a barriga, levantamos os ombros, fixamos o olhar ou olhamos o vazio, (endurecemos a nuca), sorrimos porque «tem de ser».

Na terapia psico-corporal, falamos com o corpo, perguntando-lhe qualquer coisa ácerca do que quer que seja que o esteja a incomodar, abrindo um espaço para a expressão, para a libertação de qualquer tensão, tristeza, angústia.....seja o que for, até mesmo alegria e ou prazer.


É numa abordagem holistica (espiritual, mental, emocional e física), que abrimos caminho para o bem estar interior, para o amor, para o aceitar incondicional da vida.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

REENCONTRAR O PRAZER E A ALEGRIA

FUNDAMENTOS DA MASSAGEM BIODINÂMICA

EM QUE SE BASEIA

A MASSAGEM BIODINÂMICA foi criada nos anos 50 pela psicóloga norueguesa Gerda Boyesen. É um método que permite tocar o psiquismo da pessoa, através do trabalho corporal, fazendo-nos entender cada vez mais a inter-relação entre corpo e psique. Baseia-se em técnicas que permitem contactar com o fluxo energético, a nossa energia vital.
Assim, há quem esteja tenso e tenha dificuldade em fluir com a vida, em sentir o corpo, em se relacionar: a energia está bloqueada. E há quem esteja demasiado solto, sem contornos e muito influenciável. A Massagem Biodinâmica trabalha nesta polaridade de bloqueio e vazio, desfaz a tensão do “demais” e enche o vazio do “de menos”. Dependendo do toque podem desfazer-se bloqueios específicos e ou restabelecer a circulação energética corporal. Através da massagem o terapeuta entra em contacto com o mundo interior do cliente, desenvolvendo a sua capacidade de lidar com mudanças emocionais e libertar a energia necessária para realizá-las, permitindo pouco a pouco uma expansão do seu âmago, e a remoção de limites auto-impostos. Uma nova base deve ser construída sobre a vitalidade física, satisfação emocional e a aceitação da vida, o que pressupõe à pessoa a capacidade de se sentir amada e valorizada. Sentimo-nos melhores quando estamos fisicamente saudáveis, assim como temos melhor chance de permanecermos fisicamente saudáveis se estivermos emocionalmente satisfeitos. Neste trabalho a imposição não funciona, mas a ternura, o respeito, a compreensão carinhosa e o empenho do terapeuta serão o bastante.


CICLOS EMOCIONAIS E MOVIMENTO PERISTÁLTICO PSICOLÓGICO


O conceito central da Psicologia Biodinâmica é o de ciclo emocional, não somente no seu aspecto psicológico, mas como um processo do corpo.
Os altos e baixos de cada emoção desencadeiam uma vasta sequência de mudanças fisiológicas. Quando o evento emocional passa, estes processos corporais devem, e num organismo saudável isso acontece, retornar ao normal. Contanto que os efeitos físicos da emoção sejam literalmente limpos para fora do organismo, a pessoa pode ultrapassar o evento emocional completamente.
De acordo com a teoria de Gerda Boyesen, o processo peristáltico dos intestinos, são uma parte crucial deste processo de limpeza. Assim como actuam no processo digestivo, ondas peristálticas irão também ocorrer em resposta à pressão orgânica associada com tensão (stress), chamando-se a este movimento, “movimento psico-peristáltico”. É pois, através deste movimento, que os efeitos residuais que persistem da emoção experimentada, são limpos e expulsos do organismo. Mas esta fase psico-peristáltica, pela qual o ciclo emocional deve completar-se, só pode ocorrer em condições de paz e segurança, quando o organismo já não está tenso, num estado de alerta. Importa pois explicar um pouco melhor como funciona o ciclo vaso motor. Cada vez que há uma emoção, existe uma carga – descarga – relaxamento – reabilitação. Primeiro há uma carga emocional, por exemplo, o impulso de chorar e então a descarga emocional, o verdadeiro choro, seguido do alívio por ter expressado a emoção (relaxamento). Finalmente, a última parte do ciclo, a fase da reabilitação, é onde o efeito residual da reacção emocional é completamente dissolvido, tanto mental como metabolicamente (através da psicoperistalse).
O processo circulatório do sangue é altamente envolvido em todas as reacções emocionais. Toda a emoção precisa completar totalmente seu ciclo vasomotor, para que a pessoa recupere sua harmonia emocional, mental e física.