terça-feira, 31 de janeiro de 2012





O Corpo de dor - aprenda a identificá-lo


Ao passarmos por determinadas situações as quais consideramos negativas, o nosso corpo e mente geram emoções desagradáveis como medo, raiva, tristeza, culpa e outras. Na hora do evento há um pico emocional. Com o passar do tempo a emoção vai diminuindo de intensidade e deveria desaparecer completamente em alguns minutos ou horas. Entretanto, o que ocorre muitas vezes é que um resto emocional de uma determinada situação pode simplesmente não se dissolver e ficar guardado dentro de nós indefinidamente causando-nos muitos prejuízos.

Imagine uma pessoa que recebeu a súbita notícia de que está sendo demitida. Muitas sensações desagradáveis vão surgir nesse momento: medo do futuro, tristeza, sentimentos de injustiça, talvez alguma rejeição. Passado certo tempo aquelas emoções vão perdendo a força. Depende de pessoa para pessoa a velocidade e profundidade com que isso acontece. Uns rapidamente podem voltar a ficar bem enquanto outros podem demorar dias ou semanas. Mas mesmo depois que já estamos aparentemente bem, pode ainda ter ficado um resto emocional gerado no evento da demissão que não se dissolveu por completo. E essa emoção poderá ser observada meses ou até mesmo anos depois do facto.

E como é possível saber se ficou um resto emocional e como observá-lo? A princípio é bem simples. Ao lembrar da situação do passado, ainda surge algum desconforto emocional ou a sensação é de paz cem por cento? Ao trazer a tona a lembrança da demissão surge ainda alguma tristeza, injustiça, mesmo que seja em um nível bem menos intenso? Caso ainda surja qualquer tipo de desconforto, mínimo que seja, significa que uma parte da emoção gerada naquele evento ainda permanece em nós.

Mas não seria normal sentir sentimento ruins ao lembrarmos de situações desagradáveis do passado? É normal no sentido de ser algo comum para maioria, mas não é saudável guardar essa negatividade. É preciso ficar claro que tem como ser diferente.

Esse resto emocional fica guardado dentro de nós, no inconsciente, causando diversos tipos de problemas. Vamos voltar ao exemplo citado da demissão. Suponhamos que ao lembrar da situação ainda surja um sentimento de injustiça. Isso quer dizer que essa injustiça fica latente dentro da pessoa e o tempo inteiro influencia a forma como ela pensa e age. Ao passar por uma nova situação de injustiça, a reação dessa pessoa será mais intensa por que o sentimento novo acordará e se somará com o antigo amplificando o sofrimento. É possível também que essa pessoa deixe de fazer algo, ouse menos, por medo de sofrer novamente a mesma injustiça do passado. Sua autoestima fica prejudicada com aquele sentimento que não se dissolveu. Seu crescimento profissional poderá ser bastante afetado. Enfim, uma série consequências negativas ocorrem e na maioria das vezes nem temos consciência de que a causa é uma emoção ou várias que temos e que não foram dissolvidas.

A energia dessa emoção guardada será ativada em determinadas situações, e de uma forma sorrateira irá influenciar de forma decisiva o que vamos dizer, pensar e fazer. É como se ficássemos em parte possuídos por uma entidade que mora dentro de nós, uma entidade chamada de "injustiça", "raiva", "medo" o outro sentimento qualquer. É como se essa emoção tivesse vida própria pois ela cria um mecanismo de sobrevivência e nos usa para se alimentar. A cada nova injustiça, o sentimento de injustiça interior cresce e nossa mente irá gerar mais e mais pensamentos para fortalecê-la. Nossas palavras, pensamentos e reações irão aumentar ainda mais a injustiça. Depois que a situação passar, iremos ainda alimentá-la lembrando do que ocorreu e também contando para outras pessoas o fato. Assim a emoção cumpre seu papel e cresce indefinidamente.

Observando de uma forma mais ampla, não temos só um evento onde uma emoção não foi dissolvida cem por cento. Temos centenas. Uns mais intensos, outros menos. E cada emoção funciona como uma pequena entidade dentro nós influenciando de forma contundente nossas ações.

Somando todas essas energias não dissolvidas, teremos uma grande entidade formada por emoções negativas. É o que o autor Eckhart Tolle em seu livro "Um novo mundo, o despertar de uma Nova Consciência" chama de corpo de dor. Podemos chamar também infelicidade interior.

Por não termos consciência dessa energia que habita dentro de nós como se fosse uma entidade que deseja crescer cada vez mais, acabamos por permitir que ela nos domine e nos use para esse propósito. O corpo de dor precisa da nossa falta de percepção da sua existência e de seus mecanismos de alimentação para que ele possa prosperar. Uma vez que começamos a identificar a sua atuação é que começa a ser possível não mais cair em seus mecanismo sabotadores que perpetuam o sofrimento.

Vamos supor que você guarde um sentimento de rejeição lá da infância. Essa energia faz parte do seu corpo de dor. Quando ocorrer uma nova situação de rejeição aquela emoção lá do passado virá a tona para se alimentar. Essa emoção vai provocar vários pensamentos negativos que vão energizar ainda mais a rejeição sentida. Assim o sentimento cresce. A situação passa e rejeição volta a ficar escondida esperando novas oportunidades. Essa é uma de suas estratégias de fortalecimento.

Mas a rejeição pode se alimentar mesmo que não haja um evento externo. Essa energia começa a criar pensamentos negativos e nós nos deixamos levar por eles e assim energizamos ainda mais a rejeição. Ficar lembrando e remoendo de um fato do passado é um exemplo desse mecanismo.

Ao tomarmos conhecimento desses processos é possível começar a prática da identificação da ação do corpo de dor. E ao identificar sua atuação fica mais fácil, ou menos difícil pelo menos, deixar de alimentá-lo. Ver a sua atuação é como jogar um holofote de luz sobre ele. O corpo de dor é sorrateiro e precisa da escuridão, da nossa não percepção para atuar livremente.

Quando não sabemos de nada disso ele nos manipula completamente pois pensamos que faz parte de quem nós somos. Ao identificarmos sua atuação começamos a entender que é apenas uma energia de sofrimento que está dentro de nós, mas que não faz parte da nossa essência, e que deseja crescer. Observar o corpo de dor atuando e não o alimentar é uma prática que precisamos aprender se quisermos parar de fomentar a infelicidade.
André Lima

sábado, 28 de janeiro de 2012




A conscientização da alma acontece no corpo. A kundalini(nome dado à força da vida, energia) é activada no corpo. Quanto mais nos sentimos no nosso corpo, mais a alma pode expandir-se na nossa realidade física e, assim, mais estamos conscientes dela. Temos que estar nos nossos corpos e senti-los conscientemente, trazendo e experienciando a nossa alma. O nosso corpo armazena as nossas emoções nega...tivas. Envoltos em energia negativa experienciamos a vida como se vivessemos num saco de medo. O objectivo da vida é sair do saco! Precisamos ter acesso a técnicas que nos ajudem a alinhar e equilibrar o nosso corpo para que possamos começar a fazer buracos para rouper e sair do saco do medo e eventualmente dissovê-lo por completo.
A Terapia psico-corporal ajuda nesse sentido assim como a prática de Kundalini yoga.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012



A águia é a ave que possui maior longevidade da sua espécie, podendo chegar a viver setenta anos. Mas para chegar a essa idade, por volta dos quarenta anos, tem de fazer uma escolha muito difícil. Aos quarenta anos as suas unhas tornam-se longas e flexíveis deixando de conseguir agarrar as suas presas das quais se alimenta. O bico, outrora alongado e pontiagudo, fica agora encurvado. Encurvadas, e...nvelhecidas e pesadas estão também as suas asas. Voar torna-se uma tarefa cada vez mais penosa e difícil.

Nesse momento a águia só tem duas alternativas: morrer... ou enfrentar um doloroso processo de regeneração que durará cerca de cinquenta dias.

Escolhendo a segunda hipotese, voará para o alto de uma montanha abrigando-se num ninho isolado dentro da rocha. Após encontrar o seu ninho, a águia começa a bater repetida e dolorosamente com o bico na parede da gruta até o conseguir arrancar. Depois, aguarda pelo nascimento de um novo bico para com ele iniciar uma nova e dolorosa regeneração arrancando as suas unhas. Após o nascimento das unhas, ela puxa e arranca, uma a uma, as suas velhas penas... Então um dia, após esse lento e difícil processo de transformação a águia lança-se num magnifico e libertador voo que lhe abre as portas para uma nova etapa de mais trinta anos de vida.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A DIFERENÇA ENTRE SENTIR PENA E SENTIR COMPAIXÃO

Frequentemente as pessoas se perguntam sobre esses dois sentimentos e qual seria a diferença entre eles. Primeiro vou explicar sobre a pena. Vemos alguém a passar por algum tipo de situação difícil e isso acaba por nos despertar uma sensação de sofrimento. Colocamo-nos no lugar do outro e geramos dentro de nós um sentimento misto de tristeza e vontade de ajudar, somado ainda às vezes ao sentimento de impotência por não podermos fazer nada.

O sentimento de pena pode acabar nos levando a tomar decisões equivocadas que atrapalham o crescimento do ser humano

O sentimento de pena frequentemente esconde também uma culpa. Ver alguém em sofrimento pode nos despertar o sentimento de culpa, inconscientemente, por estarmos bem enquanto o outro não. Sendo assim nos colocamos imediatamente em sofrimento através do sentimento de pena.

Outro aspecto que também fica escondido por trás da pena, é o sentimento de que os outros não são capazes o suficiente para dar um jeito nos seus problemas, que não são capazes de superar as adversidades e que por isso precisam da nossa ajuda. Isso nos trás uma sensação de que somos muito importantes. Acabamos então por alimentar uma situação de dependência onde ajudamos o outro não para vê-lo crescer e ficar independente, e sim para que a gente se sinta importante. Inconscientemente ficam as duas parte sabotando o crescimento um do outro nessa relação co-dependente.

Se temos plena confiança que as pessoas são capazes ou que tem o seu potencial, vamos fazer o que tem que ser feito, como por exemplo: demitir um funcionário; acabar um relacionamento; não emprestar um dinheiro a alguém; parar de fazer tudo pelos filhos... Deixamos que cada um siga o seu caminho. Mesmo sabendo que as pessoas vão passar um determinado sofrimento, entendemos que isso é parte do seu crescimento. A não fazer o que tem que ser feito atrasamos a aprendizagem do outro.

O que parece ser um acto de bondade e generosidade acaba por ser na verdade um acto egoísta pois a suposta ajuda apenas alimenta o nosso ego e acaba impedindo o outro de crescer.

Já o sentimento de compaixão é completamente desprovido de qualquer tipo de culpa, tristeza pelo outro, impotência, dependência. Também não há o sentimento de que o outro não é capaz de superar as dificuldades. A compaixão é então desprovida de negatividade. Ela brota lá do fundo da nossa essência e vem acompanhada por uma paz interior. Nesse estado iremos reconhecer o sofrimento de outra pessoa mas sem nos arrastar para sofrer junto com ela. Entenderemos que aquilo faz parte da sua aprendizagem e que ela tem capacidade para superar.

Em alguns casos será possível oferecer alguma ajuda. Quando a ajuda é baseada pela compaixão, ela será verdadeira e trará o real crescimento do outro, pois nossa acção não estará mais contaminada com a necessidade de ser importante que causa dependência. Em outros casos não teremos como ajudar o outro. Ainda assim ficaremos em paz, não haverá a sensação de impotência.
André Lima

sábado, 7 de janeiro de 2012

terça-feira, 3 de janeiro de 2012



Um poderoso gerador de prosperidade para 2012


Vou falar de uma prática muito simples que é um poderoso gerador de prosperidade. Talvez você já conheça mas é preciso sempre relembrar. As coisas mais simples e óbvias normalmente são as que dão mais resultado e ao mesmo tempo são as coisas que mais deixamos de praticar. Mas primeiro vou falar sobre algo negativo que devemos reconhecer e abandonar.

Existe um hábito muito comum enraizado no inconsciente coletivo que a maioria costuma praticar bastante que é o hábito de reclamar: do governo, da chuva, da falta de tempo, do marido, da mulher, dos filhos, do trabalho, do chefe, da comida, do engarrafamento, das contas, do próprio corpo, do barulho, do salário, da idade, de algo que quebrou, da incompetência de alguém, de alguma coisa que saiu fora do planejado, da fila, dos preços, dos políticos, do calor, da justiça, dos buracos na rua, da velocidade da internet, dos vizinhos, da diarista, do semáforo que fechou, dos defeitos dos outros, da sogra, dos mosquitos, do professor, do atendimento em algum lugar, da demora do ônibus, da falta de vaga pra estacionar, do sucesso dos outros, da falta do próprio sucesso, de não conseguir mudar, do computador que travou, da violência, da televisão, da época atual, de uma injustiça sofrida, etc, etc, etc. Essa lista poderia encher muitas páginas.

Que tipo de sentimento surge quando começamos a reclamar? Certamente algo desconfortável. Mesmo assim sentimos um impulso em reclamar. É como um vício que por um lado causa desconforto mas que por outro lado causa uma sensação de prazer. Talvez um prazer mórbido. A cada vez que reclamamos de algo o vício se fortalece e aquele sentimento negativo que está no pano de fundo da reclamação também. E é um dos mecanismos mais comuns que o ego utiliza para gerar negatividade e se fortalecer. Do ponto de vista prático, é raro que algo ou alguém mude pelo fato de reclamarmos, mas mesmo assim continuamos. E tem algumas coisas que realmente jamais mudarão pela nossa reclamação como o clima, o engarrafamento e outras.

Um esclarecimento: apontar alguma coisa que não saiu conforme deveria não é necessariamente reclamar. Vem um prato frio no restaurante e você pede para voltar. Isso é legítimo. Podemos falar em paz, apenas como uma observação para o garçom, ou pode ser dito com sentimento de irritação, que é o que está por trás de toda reclamação.

Quanto mais reclamamos mais a nossa mente fica aguçada para encontrar mais situações para reclamar. A mente tem um mecanismo de filtrar e prestar atenção aquilo que achamos importante. Quando uma mulher está grávida ou apenas querendo engravidar, ela verá muitas grávidas. Muito mais do que via antes. Quando pensamos em trocar de carro e adquirir um determinado modelo teremos uma grande tendência em ver com muito mais frequência esse tal modelo. O mesmo acontece quando nosso foco é enxergar coisas negativas.

O reclamador profissional encontrará sempre um defeito que o fará sentir desconfortável. Ele pode estar em um lugar maravilhoso mas a sua mente foi treinada para ver aquilo que não está em conformidade com suas expectativas. De forma inconsciente ele dará mais importância para as poucas coisas negativas que encontrou do que para a parte boa da experiência causando mal estar para si mesmo e também para outros com seus comentários.

Além disso, pelo que se chama de lei da atração, ocorrem as chamadas coincidências ou sincronicidades conforme a qualidade dos nossos sentimentos e pensamentos. A negatividade emocional gerada pelo hábito de reclamar acaba atraindo mais situações negativas. E é assim que muitas pessoas vão se afundando cada vez mais na negatividade sem sequer perceber.

Tomar consciência dessa negatividade é importante. Mas é ainda mais importante dissolvê-la.
Mas qual seria então a prática simples, porém poderosa, para gerar prosperidade? Praticar o hábito inverso ao de reclamar. Ou seja, adotar o hábito de agradecer e de valorizar tudo de bom que acontece. Ao fazermos isso nossa mente ficará cada vez mais atenta a situações que nos trazem bem estar e vai deixando de lado o foco nos que no traz desprazer. Nosso estado emocional vai então ficando cada dia melhor. Pela lei da atração, ao adotar o hábito de agradecer, vamos atrair cada vez mais situações agradáveis.

Tudo isso pode parecer muito simples e óbvio. E é mesmo. Mas não subestime o poder dessa prática por isso.

Para reforçar a prática da gratidão você pode criar uma lista de todas coisas pelas quais você é grato. Pode incluir bens materiais, pequenos objetos, pessoas, qualidades que você tenha, qualidades de outras pessoas, saúde física, a natureza, a respiração, enfim, tudo que você quiser.

Essa lista deve ser grande. No começo pode ser difícil encontrar tantas coisas assim pelas quais você se sente grato. Isso se deve ao hábito antigo de reclamar. A mente não foi treinada para encontrar coisas positivas. Mas com um pouco de prática ficará cada vez mais fácil. A medida que tempo passar, encontrar coisas pelas quais se sente gratidão se tornará algo natural e sem esforço.

Além de fazer a grande lista, é preciso que você dedique alguns minutos do seu dia para ler a lista procurando sentir verdadeiramente a gratidão por tudo aquilo. Gerar o sentimento é o que mais importa. É ele quem vai ajudar a atrair cada vez mais prosperidade em todos os sentidos da vida.
André Lima