segunda-feira, 31 de maio de 2010


Quero propor-te que ao longo de cada mês lunar faças um registo das tuas luas e a energia que elas reflectem na tua vida quotidiana...
Para isso podes utilizar um caderno onde poderás registar dia a dia os seguintes dados:

- Dia do mês em que te encontras. É conveniente que o dia em que começas a menstruar seja o número um. Se não sabes em que dia do período te encontras não o especifiques e continua completando os outros ítems.

- Fase lunar. Podes utilizar um pequeno símbolo para representar se se trata da lua crescente, cheia, minguante ou nova.

- Emoções. Identifica e anota as emoções e sentimentos que sentes durante o dia: alegria, tristeza, retraída, sociável, eufórica, falta de apetite, irritação, calma...
Observa como se manifesta a tua sexualidade? Sentes-te sensual, erótica, agressiva, espiritual, vazia, letárgica, selvagem, afectuosa, apática?

- Sonhos. Regista-os, anota tudo o que recordas deles: dados básicos, palavras chaves, imagens vivas que te venham à mente quando acordares. Para não te esqueceres tem à mão um caderno e escreve sobre tudo isto, ao acordar.

- Manifestações físicas ou corporais. Toma nota de incómodos, dores, sensações relacionadas com o corpo diariamente (por exemplo, aumento de apetite, cansaço, retenção de líquidos, maior necessidade de dormir).

“... se a mulher realmente tomar consciência de que a sua vida menstrual é uma expressão de um ser de natureza cíclica, começará a ver que faz parte dos grandes ritmos do universo, aceitará ainda mais a sua verdadeira condição e conseguirá trazer harmonia à sua vida.”

Miranda Gray “Luna Roja. Los dones del ciclo menstrual”.

Conectando-me com a minha natureza cíclica

Convido-te a que diariamente saias ao ar livre e contemples a lua em cada uma das suas fases. Podes observar e desfrutar como ela muda aos nossos olhos, como se nos mostra com as suas diferentes caras.
Ela é um reflexo do cíclico, do que muda, do que vai e vem, do que uma e outra vez desaparece para voltar a nascer.
Se poderes permanece um pouco sob a sua luz, sente como te afecta em cada uma das suas fases, envolve-te, acompanha as suas etapas: o estar cheia, minguante, a sua obscuridade e o voltar a crescer.
Conecta-te com a energia que irradia, imagina como se manifesta em ti, como o seu movimento move as tuas emoções, os teus desejos, os teus sonhos.
Podes ouvir música, deixar que a Rainha Lua mova as tuas marés, dançar junto a ela, fluir com os seus vaivéns...
Impregnada desta energia lunar que gira e te envolve, escreve...
Deixa que as tuas emoções fluam cíclicas como o tempo lunar.
Não as aprisiones numa linha rígida, permite que se tornem redondas, círculos, mandalas.
Permite que a tua mão seja guiada pelo pendular fluxo e refluxo das tuas energias mais profundas.
Escreve para encontrares a Senhora dos teus Ciclos, a Rainha das tuas marés.


quinta-feira, 27 de maio de 2010


Somos mulheres de ciclos lunares

É importante para cada uma de nós compreender e vivenciar plenamente a nossa natureza cíclica.
Desde que começamos a sangrar pela 1ª. vez, todos os meses se repete no nosso corpo uma bela cerimónia de entrega e gestação, de dar e tornar a criar, de morrer e renascer, de descer até à escuridão profunda para logo voltar a brilhar desde o centro do nosso ser, o nosso útero, onde se aloja a força vital do feminino.
Em cada ciclo menstrual atravessamos estes vaivéns, estas marés que mexem não apenas com o nosso corpo físico mas também com a nossa energia, nossas emoções, nosso espirito...
Como mulheres mutáveis temos a possibilidade de nos transformar em cada período menstrual, de mudar tudo o que necessitamos alterar, de criar novos sonhos e projectos, de voltar a dar-nos a oportunidade de mudança e nascer-mos novas, distintas, renovadas...

É aqui onde se encontra o verdadeiro poder do feminino; no dom de viver no nosso próprio corpo a mudança, a transformação permanente, o fluir com tudo o que É, com tudo o que Existe.
Ao longo da nossa vida passaremos também por diversas etapas do nosso ser feminino.
Portais distintos abrir-se-ão convidando-nos ao desconhecido, ao misterioso: a menarca, nosso início no sangramento mensal, a iniciação na vida sexual e no prazer, a gestação em todas as suas expressões (biológica, espiritual, criativa), o parir (filhos, ideias, projectos, sonhos), a menopausa e a chegada da Anciã Sábia...

A mudança sempre presente, ondulando as nossas vidas, empurrando-nos uma e outra vez a largar, a soltar, a não nos apegarmos, a descobrir o novo que está mais adiante...
Se estamos conscientes de isto podemos conceber a nossa natureza feminina, cíclica, que muda permanentemente, como um jogo sagrado que nunca para: um Universo que se cria a si mesmo eternamente e nos devolve para o nosso papel de co-creadoras da Realidade.
Por isso, desconhecer ou negar este poder de mudança, ignorá-lo ou reprimi-lo, não só nos priva de aproveitar esta bendita força feminina, como nos pode fazer adoecer ou parar o nosso processo de crescimento.
Somos mulheres cíclicas, fluindo como peixes no nosso oceano de sangue lunar e sagrado que nos renova uma e outra vez...
Novas crescentes cheias minguantes


Bem Vinda Aos Teus Ciclos
Germana Martin

sexta-feira, 21 de maio de 2010


"O Complexo de Cinderela"

«...a liberdade assusta. Ela apresenta-nos possibilidades para as quais não nos sentimos preparadas: promoções, responsabilidades, oportunidades de viajarmos sózinhas sem homens a conduzirem-nos, oportunidades de fazermos amigos por nossa conta. Todo o tipo de perspectivas rápidamente se abriu às mulheres; juntamente com isso, porém, vieram novas exigências: que cresçamos e paremos de nos esconder sob o manto paternalista daquele que escolhemos para representar o ente "mais forte"; que comecemos a basear as nossas decisões em nossos próprios valores, e não nos de nossos maridos, pais ou professores. A liberdade requer que nos tornemos autênticas e fiéis para connosco. Aqui é que surge a dificuldade. E ela surge repentinamente, quando não basta apenas sermos "uma boa esposa", ou uma "boa filha", ou uma "boa aluna". Pois ao iniciarmos o processo de separar de nós as figuras de autoridade a fim de nos tornarmos autónomas, descobrimos que os valores que julgávamos serem nossos não o são. Pertencem a outrem - a pessoas de um passado vivo e por demais abrangente. Por fim a hora da verdade emerge:
"Realmente, não tenho quaisquer convicções próprias.
Realmente, não sei no que acredito».
Colette Dowling

sábado, 1 de maio de 2010

BELTANE

O dia 01 de Maio marca o início da metade iluminada do ano. Esta é uma festividade dedicada ao Deus Belenos, divindade da Luz e do Fogo. Nesta festividade era coroada a rainha de Maio, acendia-se uma grande fogueira e brincava-se por cima dela para alcançar fertilidade, saúde e boa sorte durante o ano. Beltane, o seu nome representa uma ideia de luz e calor, de rebentos de vegetação que alimentarão o gado. É o momento de maior fertilidade do ano.