sexta-feira, 30 de março de 2012

Os Antidepressivos Não Curam a Depressão
Tal como todos os sintomas, a depressão é uma forma de a sabedoria interior do seu corpo lhe dizer que algo na sua vida não vive em equilíbrio. Normalmente, a mensagem refere-se ao facto de uma parte de si ter parado de crescer, ter estagnado ou ter perdido a paixão de viver que faz naturalmente parte do estar vivo. Também pode estar a avisá-la que está fur...iosa com alguém, mas que não se sente à-vontade para expressar directamente essa cólera. A depressão pode ser consequência de uma perda não deliberada e de uma dor profunda devido à perda de uma pessoa amada, por separação ou por morte. A melhor cura para a depressão que eu conheço consiste em ser completamente honesta consigo em relação a tudo o que sente - mesmo, e em especial, aqueles sentimentos que lhe foi dito que não deveria ter, tais como inveja, a fúria, a culpa, a mágoa e a raiva. Todos estes sentimentos fazem parte do ser humano. eles nunca a irão magoar se os admitir, se os expressar livremente e, por fim, se aceitar que os possui. Então, deve agir. Eu nunca vi ninguém curar-se de uma depressão sem tomar uma atitude positiva para se ajudar a si própria.
Christiane Northrup

sexta-feira, 23 de março de 2012

Nunca ninguém nos pode amar ao ponto de suprir todas as nossas necessidades se não nos amarmos primeiro a nós próprias porque, se partirmos do nosso vazio em busca do amor, apenas encontraremos um vazio ainda maior. Tudo o que manifestamos nas nossas vidas é um reflexo do que existe dentro de nós: o que consideramos ser o nosso próprio valor, o nosso direito à felicidade e o que merecemos obter na... vida. Quando essas convicções mudam, o mesmo ocorre com a nossa vida. A Aceitação é a antítese da negação e controlo. Consiste na disponibilidade para reconhecer a realidade e permitir que essa realidade se concretize, sem necessidade de mudá-la. É aí que reside a felicidade, decorrente não da manipulação das situações ou das pessoas, mas sim do desenvolvimento de uma paz interior, mesmo face a desafios e dificuldades. A verdadeira aceitação de um indivíduo tal como é, sem o procurar mudar através de incentivos, manipulação ou coacção, é uma forma de amor muito elevada e de difícil concretização para a maioria das pessoas. No cerne de todos os nossos esforços para mudar alguém reside uma fundamentação egoísta, a convicção de que, por meio dessa mudança, passaremos a ser felizes. Não existe nada de errado no desejo de querer ser feliz, mas situar a fonte dessa felicidade fora de nós próprios, nas mãos de outras pessoas, significa ignorar a nossa capacidade e responsabilidade de modificar a nossa vida para melhor. Ironicamente, é exactamente esta prática da aceitação que vai permitir à outra pessoa mudar se assim o decidir. O problema do (outro) não nos diz respeito – para que uma mulher possa viver uma vida própria compensatória, independentemente do que o marido faça, terá de começar por acreditar que o problema dele não lhe diz respeito, e que não está ao seu alcance nem é seu dever mudá-lo. Nem sequer tem o direito de o fazer. Deverá aprender a respeitar o direito do marido de ser como é, muito embora desejasse que ele fosse diferente. Quando assim fizer, passará a estar livre - livre do ressentimento que sente face á indisponibilidade do marido, livre da sensação de culpa por não ser capaz de o transformar, livre do fardo de tentar vezes sem conta mudar o que não consegue. Quando uma mulher que ama demais abandona a cruzada de tentar modificar o homem da sua vida, este passa a estar entregue à ponderação das consequências do seu próprio comportamento.
Robin Norwood

sexta-feira, 16 de março de 2012

COMO AS NOSSAS EMOÇÕES FILTRAM E DISTORCEM A REALIDADE
A nossa forma de ver e interpretar os factos é influenciada pelas emoções negativas que guardamos. Elas agem como um filtro que distorce a realidade e leva-nos a agir de uma forma que gera mais sofrimento para nós e para outras pessoas. É muito fácil observar isso quando estamos com muita raiva de alguém. Os nossos pensamentos e acções são dominadas pela emoção e o nosso diálogo mental torna-se intenso e agressivo. Essa negatividade poderá manifestar-se em forma de acções ou agressões verbais, mesmo quando sabemos que essas não são as melhores formas de lidar com a situação. Mas a força da emoção toma conta dos nossos pensamentos e em muitos casos simplesmente deixamo-nos levar por esse impulso. É como se fosse uma entidade que toma conta de nós temporariamente. Algumas pessoas que são mais conscientes desse processo preferem não dizer nada no momento da raiva pois sabem que suas palavras e acções serão desproporcionais, inconsequentes, e irão causar mais problemas. Sendo assim, elas preferem esperar e deixar que a emoção diminua de intensidade para só depois tomar alguma providência prática. De alguma forma elas sabem que uma acção contaminada pela raiva irá trazer ainda mais sofrimento e conseguem ficar conscientes disso mesmo durante o "ataque" da emoção. A energia da emoção negativa, seja ela qual for, age como um ser que se deseja alimentar e fortalecer e usa-nos para essa finalidade. Por isso, no momento em que essa negatividade se manifesta em nós ela rapidamente toma conta dos nossos pensamentos gerando argumentos e diálogos bastante convincentes que servem apenas para alimentar aquele estado emocional e gerar mais sofrimento. Não somos mais nós que estamos pensando mas sim, a raiva ou mágoa, tristeza, medo ou qualquer outro sentimento (ou combinação de sentimentos) que está a pensar por nós. Quando este processo ocorre é que como se estivéssemos num estado de transe. Estamos hipnotizados pelos pensamentos que surgem, acreditamos e damos-lhe razão e assim alimentamos a negatividade que está dentro de nós. Todo essa negatividade é composta apenas por pensamentos e sentimentos, é só uma energia. É como se fosse um pesadelo que temos enquanto estamos acordados. Um pesadelo nada mais é do que um monte de pensamentos carregados com emoções negativas que são produzidos pela nossa mente enquanto estamos a dormir. Durante o sono, tudo aquilo parece muito real, não temos consciência da nossa verdadeira realidade. Ao acordarmos, sentimos alívio e damo-nos conta que foi apenas um sonho mau. Quando estamos tomados pela negatividade durante o dia, é como se um pesadelo se tivesse instalado na nossa mente, em pleno estado de vigília. É preciso então acordar, ou seja, ver que aquilo tudo é apenas energia mental e emocional que deseja crescer. É importante tomar conhecimento desses mecanismos que o ego utiliza para se fortalecer e perpetuar a negatividade que existe dentro nós. Assim podemos observar e não cair na armadilha, ou pelo menos vamos diminuir a chance que isso ocorra. É preciso que estejamos lúcidos, nem que seja apenas uma parte dentro de nós, para não embarcarmos cem por cento nos pensamentos e sentimentos que estão sendo gerados naquele momento. A parte lúcida estará presente observando toda a turbulência que ocorre. Ela será a nossa âncora para não perdermos a sanidade. Contaminados pelos sentimentos negativos e sem nos darmos conta disso, reagimos de uma forma desproporcional ao facto, tomamos atitudes que causam mais problemas, não vemos a nossa responsabilidade em termos contribuido para aquela situação, distorcemos os factos, exageramos... Criamos um mundo de sofrimento. Isso ocorre por que a emoção está a turvar a nossa percepção e agindo em nosso lugar. O papel de um terapeuta nestes casos é ajudar a trazer à tona as emoções negativas da pessoa. É necessário recobrar a lucidez. As acções que brotam de um estado de lucidez não alimentam mais a negatividade. Ao dissolvermos as emoções negativas passamos a ver a situação de fora, do ponto de vista do observador. É como se começassemos a ver a situação da mesma forma que uma pessoa sábia que está de fora dela sem qualquer contaminação de negatividade.
André Lima

The Power of Visualization (Legendado Port.)