terça-feira, 3 de julho de 2012


Auto-sabotagem. O que falta para tu começares?

Existe algo dentro de nós que nos leva a agir de uma forma que parece pouco inteligente e que prejudica a nossa vida. É uma força interior que genericamente chamamos  "auto-sabotagem".

Coisas que podemos fazer para melhorar as nossas vidas, a maioria delas bem simples, muitas vezes adiamos indefinidamente: alimentarmos melhor, dormir um pouco mais cedo, praticar meia hora de exercício por dia, beber água em vez de refrigerante quando se tem sede. É muito estranho não agir da forma que sabemos racionalmente ser a melhor.

Precisamos ser relembrados, por nós mesmos ou por livros, professores e orientadores, de fazer as coisas mais simples e mais óbvias. Pagamos muitas vezes para ouvir o que já sabemos que temos que fazer, e ficamos satisfeitos por ter alguém que nos preste esse serviço.

É muito interessante observar as coisas que fazemos e deixamos de fazer para nos sabotar. A mente, sob a influência das forças inconscientes sabotadoras, encontra razões para justificar ou dar desculpas para não realizarmos as coisas mais simples que nos seriam benéficas. Quando algo é bom mas é pago, não fazemos por que é caro e aí pensamos "ah se fosse mais barato ou então de graça". Mas aí, quando é gratuito, não fazemos por que não temos tempo, paciência ou porque dá muito trabalho.

Essa força interior sabotadora pode parecer que surgiu simplesmente do nada. Mas na verdade, ela é um somatório de sentimentos negativos acumulados durante a nossa vida: medos, ressentimentos, traumas, mágoas, frustrações, medo de sofrer o que já sofremos no passado. Essa energia se acumula e gera pensamentos negativos com relação ao futuro e  deixa-nos inseguros no dia a dia. A auto-sabotagem é um sintoma. Indica que temos uma série de fatores emocionais em conflito.

 Esses sentimentos são gerados basicamente de 4 maneiras: Experiências negativas que passamos ( deixam-nos emoções mal resolvidas não dissolvidas); coisas que ouvimos da familia, religião, escola, jornal, e sociedade em geral (medos e crenças que são ensinadas pelas palavras, de geração em geração); experiências negativas que observamos de terceiros que acabam por nos marcar emocionalmente em algum nível  (deixam-nos medo, raiva, tristeza, frustração) e comportamentos negativos que observamos em terceiros e que também, em algum nível, nos passam sentimentos e nos marcam (aprendemos pelos exemplos).

Observe que todas as quatro formas acima citadas são mecanismos que nos deixam impregnados de emoções negativas. Por exemplo. Se somos traídos por alguém (experiência negativa que passamos), guardamos mágoas e ressentimentos. Quando ouvimos crenças e palavras negativas dos nossos pais e da sociedade em geral, começamos também a sentir aquelas emoções de medo, raiva, frustração e etc. Quando vemos alguém passando por situações difíceis (um amigo ir à falência nos negócios ou uma relação cheia de brigas entre os pais) absorvermos também emoções de tristeza e outras. Ao observarmos comportamentos negativos, aprendemos a sentir-nos e agir daquela forma.

 A auto-sabotagem cresce na medida em que essas emoções se vão  acumulando. Num nível mais baixo de acúmulo, o reflexo nas nossas ações e pensamentos será sutil e pouco prejudicial. Nos níveis mais altos, essa força cresce de forma a causar preguiça, procrastinação, pessimismo, depressão. Inconscientemente, agimos negativamente prejudicando os nossos relacionamentos, a vida profissional e a saúde física.

Sempre há uma causa ou várias que nos levam a agir de forma sabotadora. Nunca é por acaso. Cada ser humano tem a sua "coleção" emocional negativa que é a base que gera a auto-sabotagem. É preciso investigar para descobrir e dissolver com ajuda.
André Lima

Procura essa ajuda!

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