quarta-feira, 17 de agosto de 2011



“Grata sou à luz que me glorifica e à sombra que me transforma.
Grata sou ao sim que me abre o caminho, e ao não que me abre o mistério.
Grata sou aos que me amaram e aos que me espelharam o meu desamor.
Grata sou aos meus êxitos e aos meus erros, com os quais mais aprendi
Grata sou à aliança de oiro do compromisso, a do mel e da paixão, e ao anel de prateado da morte implacável das minhas ilusões
Grata sou aos meus maravilhosos filhos vivos, e ao meu filho que não viveu
Grata sou aos meus amados pais e antepassados; grata sou aos que virão depois de mim, pelos séculos dos séculos. Abençoados sejam.
Grata sou pelas minhas raízes e pelas minhas asas
Grata sou pelas montanhas e pelos oceanos.
Grata sou pelos animais – tanto me ensinam sobre amor incondicional - e pelas árvores –tanto me ensinam sobre a sabedoria.
Grata sou pela gratidão dos outros e pela sua ingratidão, que me ensina o desapego
Grata sou pela vontade da magia, e pela entrega ao vazio do desconhecido, que parirá um novo eu.
Grata sou pelas cores do arco íris e pelo negro do vazio que é tudo.
Grata sou pelo riso e pelas lágrimas que me adoçam.
Grata sou pela beleza e pelo caos, que é apenas a outra face da divindade a recriar o Tempo
Grata sou por mim e pelos outros.
Grata sou pelo berço e pelo caixão, que traz renascimento espiritual.
Grata sou pela musica e pelo silencio onde me re-descubro.
Grata sou pela dança e pela meditação, onde também danço.
Grata sou pela zanga e pelo perdão
Grata sou pela força inimaginável da Vida e pela compaixão da sua outra face, a da morte
Grata sou pela Mulher e pelo Homem.
Grata sou por ser muito menos do que me julgo e muito mais do que alguma vez senti.
Grata sou por ser Vera Teresa, aqui e agora, e onde quer que seja”.


Vera Teresa

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