segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Um dia olhei para o meu umbigo e entendi que o papel de submissa me cansava.
Um dia olhei para o meu umbigo e entendi que eu era/sou o reflexo do dia de ontem.
Se ontem me deitei tarde, hoje tenho sono.
Se ontem me tratei “mal”, em ambientes de fumo, frio, gente “estranha”, hoje estou doente.
Se ontem comi alguma coisa estragada, hoje vomito e por aí fora.
Se “ontem” for continuamente igual a todos os dias e eu continuar a não me tratar bem, vou efectivamente, ser infeliz.
Quando olhei para o meu umbigo, para o início da minha história nesta terra, compreendi que tinha de assumir que era submissa, permissiva e constantemente abusada porque me habituei a ser abusada, porque só conhecia essa realidade como natural, porque estava confortável no papel de vítima que era bom de vez em quando. Ser a “coitadinha” dá jeito para ser cuidada, para ser perdoada de todos os erros, mas há um tempo limite de conforto na vitimização.
Todas as pessoas são pessoas, não são vítimas, nem abusadores, isso vem depois. Somos Gente/Alma e temos de passar à frente e ser felizes senão o que é que viemos aqui fazer? Ser sempre e só abusados? Se gostamos de o ser então não temos o direito de nos queixar, se estamos fartos e revoltados está na altura de assumir a responsabilidade de fazer algo para mudar!
Barbara Jordão

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