terça-feira, 16 de abril de 2013

 
A autoestima é bastante afetada durante a infância, período em que estamos em formação. Quanto mais recebemos atenção em forma de reconhecimento, elogios e afeto, mais alimentamos o nosso amor próprio.
A criança aprende a amar e a aceitar-s...e a si mesma a partir do amor externo que ela recebe dos pais. Com o tempo, ela vai amadurecendo e um dia aprende que não precisa desse amor de fora e que pode amar-se a si mesma independente de fontes externas.
Entretanto, quando a criança é pouco elogiada, pouco reconhecida, tratada com indiferença, recebe muitas críticas, é abandonada e rejeitada, ela começa a interpretar inconscientemente que há algo de errado com ela, que não é digna de receber amor e passa então a desenvolver problemas de autoestima. A criança passa a não conseguir amar-se a si mesma, pois não aprendeu como fazer isso, e desenvolve auto rejeição e abandono. Torna-se então um adulto que não amadureceu de forma plena emocionalmente e que vive em busca do amor externo, reconhecimento e aprovação de terceiros para se sentir bem.
Pais com boa autoestima conseguem dar à criança o alimento emocional que ela precisa durante a infância. Mas a maioria dos pais carregam muitas dificuldades emocionais e por isso não conseguem suprir a carência dos filhos. E assim ficamos marcados.
Felizmente essas marcas emocionais têm cura. Caso contrário, seríamos reféns de um passado que não temos como mudar.
Com a autoestima mais elevada, a nossa vida torna-se muito melhor. É mais fácil dizer não e impor limites, o que nos faz construir amizades mais saudáveis pois conseguimos fazer-nos respeitar. O mesmo é válido na questão dos relacionamentos amorosos. Além de ficar bem mais fácil atrair uma pessoa com um padrão emocional saudável.
Mais autoestima tem a ver com mais autoconfiança. O medo do julgamento e das críticas diminui e assim podemos seguir o nosso verdadeiro caminho, independentemente do que os outros acham. Á medida que a autoestima se eleva, ficamos mais otimistas. Fica mais fácil confiar na vida e empreender seja lá o que for.
Se houvesse um aumento considerável na autoestima geral da população veríamos os níveis de consumo de bebida alcoólica caírem drasticamente. O álcool é usado como uma muleta para se ficar mais á vontade socialmente, e também para amenizar temporariamente o sofrimento interior que as pessoas carregam. Veríamos ainda uma diminuição de todos os outros tipos de vícios.
Com a melhoria da autoestima muitos começariam até a emagrecer. Não por que fariam um esforço para isso, e sim, por que o desejo de comer em excesso simplesmente diminuiria. A comida também é utilizada como uma muleta. O prazer que ela proporciona mascara temporariamente o sofrimento latente que acumulamos. Quando estamos mais em paz, livres da nossa negatividade, além de reduzir o impulso de comer mais do que o organismo precisa, diminui-se também a vontade de nos alimentarmos de comidas calóricas como doces e fritos e aumenta o desejo por comidas saudáveis.
Com uma autoestima melhor é bem mais fácil crescer profissionalmente e prosperar, pois os processos inconscientes de autossabotagem que nos levam a autopunição e perdas de oportunidades diminuem.
Com mais autoestima, aumenta também o senso de merecimento e tornamo-nos melhores recebedores, sentindo que somos dignos de ter e receber amor, conforto, abundância material, saúde física. A vontade de nos cuidarmos torna-se algo natural: fazer exercícios, dedicar tempo para autoconhecimento. A preguiça e a falta de vontade vão-se embora, dando lugar à alegria e energia para viver a vida.
Resumindo, cuidar a autoestima é tudo e mais um pouco.
André Lima

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