sexta-feira, 12 de novembro de 2010


SER HUMANO

ALGO A TER EM CONTA


A primeira coisa a compreendermos, enquanto ser humano, é o nosso próprio veículo, isto é, o corpo material ou físico. O interior do nosso corpo é extremamente complicado e não é apenas composto pela carne e pelos ossos, que se podem ver e tocar, mas também por um sistema minuciosamente construído. Inclui as glândulas, a circulação sanguínea, o aparelho respiratório, a batida cardíaca, o cérebro e o sistema nervoso; todos estes sistemas unidos, sustentados por uma estrutura de carne e ossos, integram a unidade funcional a que chamamos corpo físico. Este necessita de manutenção, cuidados e ajustes periódicos; por isso é importante que saibamos como funciona, o que pode produzir e durante quanto tempo funcionará sem problemas.

O corpo físico é o templo onde podemos depositar o tesouro da felicidade que constitui a nossa vida. Durante a juventude talvez abusemos do nosso corpo. Se assim for mais tarde sentiremos os efeitos desses abusos. É algo inevitável. É pois necessário estabelecer um plano de conservação do nosso corpo.


Um segundo factor da nossa vida humana é a razão. Quando o horizonte do pensamento e da compreensão, da tolerância e da paciência é limitado, e quando o raciocínio não funciona de maneira perfeita e, como tal, não chegamos a dar atenção ás coisas nem a compreender as consequências das nossas acções, como poderemos ter uma vida feliz? É práticamente impossível. Um viajante sem mapa, não sabe para onde vai. O que fazemos então? Continuamos o nosso caminho às cegas? Na verdade, é o que geralmente fazemos com a nossa vida.


O terceiro factor que devemos aprender a compreender é a alma, o veículo do nosso espírito. Assim como uma lamparina não dá luz sem combustível, também a vida não pode existir sem um vínculo com a alma, com o espírito. Esta palavra tem muitos significados, muitas facetas. Poderíamos defini-la como algo que se relaciona com o fluxo geral da energia cósmica. Os católicos falam de Deus, nós, os ioguis, preferimos falar da energia cósmica, mas ambos têm o mesmo significado.

É pois necessário que compreendamos a nossa relação física com essa energia infinita e que saibamos como sintonizá-la para a podermos utilizar, com o objectivo de viver uma vida saudável, feliz, plena, uma vida realizada, perfeita e completa.


Todos nós temos o direito de viver tão plenamente que, no momento de abandonar-mos este corpo, possamos dizer "obrigado". É preciso darmos graças por aquilo que recebemos.
Satya Singh

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