sábado, 20 de março de 2010

Eostre
Deusa anglo-saxónica da fertilidade, era (e é ainda) celebrada no Equinócio da Primavera com danças e festejos ao ar livre, no campo. Saudava-se assim a chegada da Primavera, época da fertilidade e ressurgimento da vida por excelência depois do longo Inverno.Os símbolos associados a Eostre são o Ovo, a Lua e o Coelho, seu animal sagrado.
O ovo e a lua, bem como o coelho são formas de dizer a fertilidade em analogia e correlação com a Natureza. É um facto que, mesmo nós mamíferos, devemos a nossa concepção à fecundação do ovo (óvulo) e que os ciclos de fertilidade feminina e da Natureza estão intimamente ligados aos ciclos do Sol e da Lua. Assim, os festejos em honra de Eostre são uma forma de dar as boas-vindas ao Sol que, por este época, se sobrepõe à noite, despertando a Natureza para esta fantástica explosão de vida.
A Lua, ovo universal, liga-se ao óvulo feminino e ao ciclo menstrual, bem como à própria evolução fecunda da vida e da Terra, sempre em eterno movimento e alternância cíclica: desde a jovem virgem - a que ainda não foi mãe; passando pela forma adulta - a mãe que concebe e faz nascer, terminando na anciã e sábia, para voltar de novo ao princípio. Sobre os coelhos, a sua simbologia associa-se à fertilidade, e deve-se fortemente ao facto de serem animais que criam as suas generosas ninhadas em tocas (no interior da terra). Ilustra-se assim o renascimento da vida a partir de um estado embrionário, de recolhimento, a qual emerge do subsolo, numa afirmação de vitória sobre a escuridão do Inverno.


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