sábado, 5 de janeiro de 2013

 
É hora de deixar para trás toda a bagagem do passado e viver o presente.
É natural que neste período, em que tudo parece estar prestes a ser engolido pelo caos, o medo surja em grande escala. O medo, esse sim, é o nosso grande inimigo, aque...le que temos que combater se queremos colher os frutos de todo este processo evolutivo.
Vejamos objectivamente aquilo que temos vindo a perder: o emprego que nos devolvia segurança e sustento, mas que na realidade não nos trazia realização e apenas nos consumia; a relação que estava ali, segura, mas onde já não tínhamos o coração e que a cada dia nos tornava mais amargos de mútuo ressentimento; o poder de compra com o qual adquiríamos um crescente número de coisas que não necessitamos e que bem depressa deitamos fora ou esquecemos em armários; o estado-social, a confiança no governo, na autoridade e no poder político que nos rege, quando em verdade o motor da nossa organização politica global não é a igualdade, a sustentabilidade, a promoção e protecção do desenvolvimento integral do individuo; a crença no elevado nível civilizacional da nossa sociedade, que afinal se constrói à custa da ignorância e da miséria da maioria e recorre à violência mais primária sempre que se sente ameaçada.
No fundo, aquilo que temos vindo a perder, em essência, não o tínhamos já… era apenas uma miragem à qual nos agarrávamos para escapar à dura verdade. E é dura sem dúvida.
Agora, de olhos bem abertos, temos pela frente o trabalho de construir um mundo mais justo e equilibrado, o que implica necessariamente uma melhor redistribuição de recursos e um respeito universal pela Vida.
Jorge Lancinha

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