domingo, 12 de dezembro de 2010


As impurezas físicas nas células têm os seus equivalentes na mente: o medo, raiva, cobiça, compulsividade, dúvida e outras emoções negativas.

A ligação mente-corpo transforma atitudes negativas em toxinas quimicas, as chamadas "hormonas do stress" que têm sido associadas a muitas doenças diferentes.

Não é possível purificar a mente pensando nisso. Uma mente raivosa não pode conquistar a sua própria raiva, o medo não pode destruir o medo. Em vez disso, é necessária uma técnica que vá além do domínio onde o medo, a raiva e as outras formas de toxinas mentais têm uma influência controladora. Esta técnica é a meditação. Se for devidamente ensinada e usada, a meditação permite que uma pessoa se liberte dos seus pensamentos tóxicos e emoções.

Meditação não é forçar a sua mente a ficar em silêncio, é encontrar o silêncio que já lá existe. Na verdade, quando examinamos o ruído de fundo produzido na nossa cabeça pela preocupação, pelo ressentimento, desejos, fantasia, esperanças não concretizadas e sonhos vagos, fica claro que o diálogo interior que ali se passa está literalmente a controlar-nos. Cada um de nós é uma vítima da memória - foi assim que os mestres Ayurvédicos o diagnosticaram há milhares de anos atrás.

Por trás da tela do nosso diálogo interior, há uma coisa completamente diferente: o silêncio de uma mente que não está aprisionada pelo passado. É esse silêncio que queremos trazer para a nossa consciência através da meditação. Porque é que isto é importante? Porque o silêncio é terra natal da felicidade. É do silêncio que surgem os nossos surtos de inspiração, os nossos sentimentos ternurentos de compaixão e empatia, o nosso sentido de amor.
Deepak Chopra
"Saúde Perfeita"

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