quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

VIDA MORTE VIDA

Uma parte de cada mulher e de cada homem resiste ao reconhecimento de que a morte deve participar de todos os relacionamentos de amor. Nós fingimos que podemos amar sem que morram nossas ilusões acerca do amor, fingimos que podemos prosseguir sem que morram nossas expectativas superficiais, fingimos que podemos ir em frente e que nossas emoções preferidas nunca morrerão.
O que morre? As ilusões, as expectativas, a voracidade de querer tudo, de querer que tudo seja só lindo, tudo isso morre.
Sabemos que os relacionamentos às vezes vacilam quando passam do estágio esperançoso para o estágio de encarar o que realmente está preso no anzol. Isso vale tanto para o relacionamento entre a mãe e o bébé de um ano e meio quanto para os pais e o filho adolescente, para as amizades e para os relacionamentos amorosos de uma vida inteira ou ainda muito recentes. A ligação iniciada com toda a boa vontade oscila e balança, às vezes até cambaleia, quando o estágio de "enamoramento" se encerra.
Depois, em vez de encenação de uma fantasia, começa a sério um relacionamento mais desafiador, e toda a nossa experiência e habilidade precisam ser postas em acção.

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